segunda-feira, 14 de julho de 2008

Intercâmbio Cultural Brasil x EUA - 2008

Sexta-feira, dia 11 de Junho de 2008 estive no Intercâmbio cultural entre brasileiros e norte-americanos, que aconteceu no Seminário Batista do Cariri - SBC. É interessante como nossa opinião sobre quem são os americanos muda quando fazemos amizade com eles. O Grupo que esteve conosco era formados por 10 pessoas, adolescentes e adultos. Pessoas adoráveis, extremamente companheiras e dóceis.

Dentre as atividades que realizamos, as mais interessantes foram “A Caça ao tesouro” e a do “Resgate na selva”. Na Caça ao tesouro pude vivenciar e relembrar minhas as experiências de infância, pois tínhamos que procurar, naquele Campus enorme que é o Seminário, borboletas, sapos, ninho de passarinho, insetos, folhas de palmeira e bananeira, rochas, flores... Enfim, uma atividade lúdica voltada para a prática da língua inglesa.

No “Resgate na selva”, o objetivo era todos os sobreviventes de um acidente de avião atravessar um rio cheio de jacarés e piranhas, utilizando uma corda que estava no meio do rio. Deveríamos descobrir uma forma de pegar a corda (cipó imaginário) e atravessar cada participante do grupo até a outra margem do rio, sem tocar na água. Caso isso acontecesse, deveríamos recomeçar a prova. Todas as atividades realizadas eram voltadas para a prática da língua e o trabalho em equipe. Enquanto nós praticávamos a língua e descobria fatos da vida e da cultura daquela gente, eles também tinham a curiosidade de saber coisas sobre a nossa cultura e nossa língua. Foi uma experiência de aprendizado e troca de saberes.

Perguntei ao organizador do evento, o Pastor Andrew como ele conseguia que trazer esses grupos para cá. Ele, americano que mora na Região desde os dezessete anos, afirmou que ele faz um relatório para as Igrejas mantenedoras do Seminário de como foi a experiência do grupo aqui no Brasil. Esse relatório é passado para outras Igrejas que se motivam em vir realizar o mesmo trabalho na temporada de férias do próximo ano. Para eles, os americanos, é uma oportunidade de envolver seus jovens e mostrar que existe muita coisa além do “pequeno mundo” onde eles vivem. Para o organizador, é uma oportunidade de despertar o interesse de alguém do grupo para o trabalho missionário, como o dele. Para o American English Course, é o momento de oferecer aos seus alunos, ex-alunos e estudantes e professores em geral, a prática de todo o conhecimento internalizado sobre a língua.

Sempre há aquele maldoso que, ao invés de mostrar o que temos de melhor, têm o prazer de mostrar o que, pelo menos eu, teria vergonha de ensinar. Como por exemplo, esse tipo de lixo musical a que se "créu", mas que, graças à idoneidade de alguns, o participante foi vedado a ensinar. Tem também aquele que tem o prazer de ensinar as palavras de forma errada, só para ficar zombando da forma como o americano vai pronunciar. Que mau gosto!

Acredito que devemos e compreender e aceitar com maturidade que sempre há diferenças entre os sons que compõem uma língua. Assim como é difícil para nós pronunciarmos palavras que possuem o som "th", é difícil para o americano pronunciar os sons "lh ou nh". Isso deve ser encarado de forma natural e respeitosa.

Experiências como a deste dia deveriam sempre fazer parte do universo das Escolas de Ensino de Língua que, ao preocupar-se com só o ensino de regras gramaticais inseridas num contexto irreal de comunicação, acaba deixando de lado uma tarefa mais importante: a vivência real da língua em sua situação concreta de uso.